Neste domingo, dia 25 de julho, foi celebrada no Sítio Lajes, em Serrita, a 51ª missa do Vaqueiro, tradição no sertão pernambucano que remonta aos idos do vaqueiro Raimundo Jacó, primo do Rei do Baião Luiz Gonzaga, assassinado cruelmente em 08 de julho de 1954. A celebração foi presidida pelo bispo diocesano de Salgueiro, Dom Magnus Henrique Lopes OFMcap e concelebrada pelos Padres Erasmo da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Serrita , Pedro Sérgio e Ronildo Adones que são filhos naturais da “capital do Vaqueiro”. Assistiu a celebração o Diácono Tassício Leal que no próximo dia 04 de agosto será ordenado sacerdote da Santa Igreja em sua terra natal Moreilândia.
Como ainda vivemos uma pandemia a celebração contou com número reduzido de vaqueiros e foi transmitida ao vivo no canal do YouTube da Missa do Vaqueiro. Artistas e aboiadores, como é de praxe, cantaram versos em homenagem a Raimundo Jacó e aos vaqueiros no decorrer da celebração.
Dom Magnus iniciou sua homilia lembrando da pandemia e da dor que ela provocou e ainda provoca na vida de milhares de brasileiros. “Somente a fé, neste momento tão difícil foi capaz de nos fazer, ainda com os olhos marejados, cantar a esperança e olhar no horizonte da vida a certeza que deveremos contribuir para a superação desse momento”, salientou.
Também neste domingo (25), 17º do tempo comum, foi proclamado o evangelho de João cap. 6,1-5. “O evangelho desse domingo é a catequese sobre Jesus o pão da vida. Somos chamados a descobrir a sensibilidade e o amor de Deus em saciar a fome de vida, e a fome do pão. Jamais poderemos enfrentar a caatinga, que tem sua beleza e sua poesia própria sem o pão do ceú, sem o pão nosso de cada dia,” exortou o bispo diocesano. Ainda durante sua pregação, Dom Magnus falou sobre os 51 anos da realização da missa, da fé e da esperança do povo sertanejo.
“51 anos se passaram desde a primeira celebração da missa. A fé e a esperança, a caridade permaneceram vivas e pulsantes na luta na corrida por dias melhores. Lutamos por água, pelo pão, pelo reconhecimento da nossa riqueza, pelo reconhecimento também da nossa pobreza e acima de tudo pela dignidade da vida,” afirmou.
Com informações do Blog do Thiago Lima
PASCOM – Diocese de Salgueiro