Padre José Maria Prada era missionário redentorista da província de São Paulo(CSsR).
Nasceu em Parâmio, Conselho de Bragança – Portugal em 20/09/1928. Fez os estudos preparatórios no Seminário dos Redentoristas de Cristo Rei, em Vila Nova de Gaia o noviciado em Nava del Rey (Espanha), onde professou a 24 de Agosto de 1946. De lá seguiu para o Seminário Maior de Astorga, onde cursou Filosofia e Teologia. Foi ordenado nessa cidade em 14 de Junho de 1953. Celebrou Missa Nova na sua terra natal: Parâmio.
Em 1955 partiu para Angola como missionário, onde permaneceu até 1976, levando uma vida de verdadeiro sacrifício, sempre em prol dos outros. Regressando a Portugal trabalhou até 1979 na paróquia de S. Julião de Palácios, preparando-se para seguir para o Brasil. Fixou- se na paróquia de Marília em São Paulo.
Em 1982 escolheu o Nordeste radicando-se na cidade de Exu e mais tarde em Salgueiro.
No dia 29/04/1991 um Sargento da Polícia Militar(José Edivan) que mantinha uma relação amorosa com uma jovem, solicitou que o Padre José Maria Prada, realizasse o seu casamento embora houvesse mantido um relacionamento anterior não se sentia comprometido com a outra. Ciente do fato, o padre decidiu constatar a veracidade da informação e resolveu procurar esclarecimento dando busca no acervo da paróquia Santo Antônio constatando que, o Sargento já havia contraído matrimônio em Salgueiro. O interessado face à recusa ameaçou-o de morte e procurou-o e o intimidou a anular o imbróglio. Padre José Maria foi inflexível, disse que morreria mas não faria o casamento. Ao negar o tal pedido, foi alvejado com cinco tiros, às onze horas do dia 29 de abril de 1991na Casa Paroquial resultando na sua morte imediata.
A Missa de corpo presente foi presidida pelo Bispo da Diocese de Petrolina, D. Frei Paulo Cardoso, cocelebrada por todo o Clero da Diocese estando presente uma enorme multidão.
A frente do cortejo fúnebre de Salgueiro até o aeroporto de Juazeiro do Norte-CE, seguia a cruz, com a camisa ensanguentada do Padre Mártir. Seus familiares residentes aqui no Brasil, acompanharam o corpo que foi sepultado no cemitério de Itaquera em São Paulo.
A revista Ação Missionária de Maio de 2000, num artigo “Missionários Mártires no Século XX” chama-lhe “mártir transmontano”. E o Semanário Transmontano de 21/07/2000, em texto assinado por Paulo Reis Mourão reproduz essa notícia rematando: “Salgueiro não quis perder o seu mártir. Ficou-lhe com o coração que guarda num nicho, na parede da Igreja Matriz,hoje Catedral de Santo Antônio, coberto com uma placa de mármore, onde pode ler-se: Pe. José Maria Prada, mártir da santidade do matrimônio”.
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Na Catedral de Salgueiro à direita do Altar de Santo Antônio está a marca da dor mais sofrida pela comunidade salgueirense: na parede sob uma lápide branca está tumulado o coração do Pe. José Maria Prada, também da Pátria de Santo Antônio, assassinado por permanecer fiel as Leis de Deus e da Igreja conforme se lê na Inscrição:
“Felizes os perseguidos por causa da justiça”
Pe. José Maria Prada
+ 29-04-1991
Martirizado em defesa da Santidade do Matrimônio.
A Comunidade Salgueirense’’